quarta-feira, março 15, 2006

Todynho.

Juquinha era realmente um meninozinho muito engraçado mesmo: o rapazinho não podia passar um dia que fosse sem tomar uma caixinha de Todynho. Todo dia, quando ele se cansava de brincar com os amiguinhos dele na rua, entrava pelo portão da casa e corria pra geladeira saborear aquela iguaria semi-divina, de chocolate, rica em vitaminas A, C, E, B1, B2, B3 E B6! Ah, bom demais!

E de quando em vez que a mãe do Juquinha comprava Nescau Prontinho? Rapaz, era uma putaria que eu nem te conto. Pense! O Juquinha esperneava: Mas como é que pode, que num o quê, a caixa do Todym é toda preta, toda marrom assim, mamãe! Essa aqui é toda vermelha réa! Arriégua, num quero não! Buá! E a mamãe, que num era besta nem fela da puta, mandava o menino largar de ser besta e ir comprar ele mesmo o que ele quisesse na mercearia ou tomar o que tivesse todim. O Juquinha, ah! Pense num menino morto de preguiça! Num ia e ainda gritava que num vô!

E num ia de reito maneira. Até que, depois de chorar por cinco minutinhos - menos, menos - ele escutava os amiguinhos dele chamando pra jogar Rock N'Roll Racing na casa do Alisson. Já é! E, com aquela leveza e esquecimento - o Forgive and Forget - que só quem têm são os pirrotochinhos e os que esqueceram de crescer, chispava pelo quarto e ia jogar Super Nintendo na casa do Alisson, morto de feliz. Tchau, Juquinha.

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