quarta-feira, outubro 26, 2005

Editorial.

Quando pensou em fazer outro, a idéia não decantou de uma vez: foi caindo, aos pouquíssimos, latente, dissimulada. Fez todos pensarem que ela desaparecera. Mas não. Ela estava lá. Viva, nem um pouco agonizante. Como mulher.

E quando ela apareceu, foram fogos brilhosos, sortilégicos. Explodindo no céu, tornando em água, escapando pelos cantos dos olhos. Descobriu que é possível chorar de soslaio.

Não que dessoubesse antes, mas presenciar - porque presenciara; não vivera: nada de momento epifânico - era outra coisa, embora a mesma; era a coroa, o diabo, a escuridão.