Ela disse que o amava agonizando. E deixou cada fio de lágrima formar uma vereda úmida na sua pele, como um rio de chuva que nasce, descobrindo a terra seca. Como era ela seca! E cansada, e longa, e última! Como ela era subtância desgastada e caminhos por entre as bochechas lavradas de lágrimas.
Ela pranteava cada momento em que se deixava abrir seus caminhos na frente dele: cada parte de si ficava à mostra quanto mais a verdade mortal daquele amor abraçava seu peito. Tinha raiva daquele amor. Sabia que não amava bem, e sabia que não podia amar de outro jeito.
E sabia que ia terminar da única maneira que aquele amor podia terminar: da mesma maneira que o melhor dos amores termina; da única maneira que o amor desvelado pode terminar: e aquela lembrança, que iria restar por tudo que foi, nunca, nunca se tornou saudade.
Ela pranteava cada momento em que se deixava abrir seus caminhos na frente dele: cada parte de si ficava à mostra quanto mais a verdade mortal daquele amor abraçava seu peito. Tinha raiva daquele amor. Sabia que não amava bem, e sabia que não podia amar de outro jeito.
E sabia que ia terminar da única maneira que aquele amor podia terminar: da mesma maneira que o melhor dos amores termina; da única maneira que o amor desvelado pode terminar: e aquela lembrança, que iria restar por tudo que foi, nunca, nunca se tornou saudade.
6 comentários:
"perto do coração selvagem"
Como era ela seca!
é a própria mãe, ou não
Qualquer semelhança com Clarice Lispector é sinceramente desintencionada: pensava em sertão e falta de chuva quando da escritura do continho.
Mas tens razão, baby.
(:
você me deu um nó.
Um pergunta na paz!!! Vc que escreve esses poemas??? vc se garante em literatura??? to precisando de uma ajuda ai em literatura brasileira e nao sei nem por onde comercar!!! tb tenho um blog nada tao literário.... www.derziel.blogspot.com
Sim, anônimo (Tiago seu nome, não?), eu quem os escrevo. Diga-me como posso ajudá-lo, e direi se sou capaz, ok?
Abraço.
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