quinta-feira, julho 19, 2007

A hora de Wilson

A hora, como todas as outras horas, havia se aproximado e Wilson, não sendo bobo nem nada, decidiu por fazer o que fizeram os garotos do Dead Poets Society: to seize the day.

A vida nunca foi tão bela; os lagos, nunca dantes navegados, eram cristalinos; os problemas, pouco mais que uma caminhada de distância da resolução; os beijos! ah, os beijos... tudo encaixava-se num quebra-cabeça latente. Wilson regojizava-se da descoberta deste seu lado perfeito e semi-divino, praticamente eterno.

Chegou, então, a hora de Wilson, e como tudo nesse mundo de palavras e pontos-finais, acabaram-se seus lagos nunca dantes cristalinos, seus problemas resolucionados, sua vida tão-bela, seu beijos - ah, seus beijos... - O quebra-cabeça a hora desmontou sem guardar de volta na caixa, deixando as peças jogadas pelo chão do apartamento alugado.

6 comentários:

Anônimo disse...

Achei chique, no fim das contas.

Anônimo disse...

Caio, gostaria de te fazer um convite, mas não tenho seu e-mail. Me escreva, por favor. renatamiloni arroba revistamalagueta ponto com.
Abraços!

Anônimo disse...

Hehe. Como disse, o felipe: chique:-)

Vou ali tomar um suco, sei lá, um vinho branco; não tomo cerveja. A fim?

Rebeca Xavier disse...

não sei se vc já chegou à profunda e maravilhosa sensação de quando uma palavra apenas já paga o texto: regojizava-se

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
*suspiros*

Anônimo disse...

O jogo de palavras já vale o esforço.

Suyá Lóssio disse...

é nessas horas que a gente usa a vassoura. quando a vida se esfarela em caquinhos. =]