terça-feira, fevereiro 28, 2006

Um dos muitos não-diálogos dos amantes.

Gostava de fio-terra. Quando ela tocava gentilmente, depois girava o dedo com uma quase raiva, puro prazer, fechava os olhos, soltava os ombros, beijava: mordia.

A cama, pequenina, era de solteiro. Sempre estava cheia de papéis, livros, cadernos, calculadoras, um rádio.

Depois, nenhum fumava. Ela se levantava, ia beber uma coca-cola light, terminar algum trabalho da faculdade. Ele procurava os óculos de aro grosso e ia tomar um banho.

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