terça-feira, julho 04, 2006

Lembranças de mil novecentos e sessenta e oito.

- Eu estava em Praga, quando de 68. Tudo aconteceu muito rápido, lembro pouco: derrubaram meu cigarro, as estruturas não desciam às ruas e não havia um táxi na rua. Tanques aos montes, mas nem sei se esta certeza é verdade. Não precisa ser para o que eu desejo criar, nem precisa de fazer sentido daqui da onde eu estou olhando. Como os começos do Rosa.

...Fazia muito frio, e eu estava sem cueca. Ninguém usava cueca. Eu havia esquecido a minha dentro da gaveta. Talvez por isso nenhum táxi apareceu. E o tal tanque se imiscuiu tão extraordinariamente no meu caminho.

(Ah, e o meu gato. Está tudo bem com ele: estava dormindo em cima da cama pela manhã, e no meu colo de tardezinha.)

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